Boris, as “Margaridas” estão assustadas!

Mil milhões de euros, Boris! É este o valor anual, proveniente da União Europeia, que entra nas “tuas” universidades.

A ciência que se produz em “Oxbridge”  Imperial, Kings ou tantas outras, é global. Não é nem poderá ser somente dos “teus” ingleses.

A não entrada dos mil milhões terá necessariamente um impacto negativo muito significativo. É impossível de quantificar e qualificar! Obviamente sabemos que existirão muitos domínios científico afetados e muita doutrina em risco.  E como te importas com isso, Boris? Como vão parar investigações fundamentais como a do Alzheimer? Que dizes a um filho de East End cuja mãe se deita no seu colo mas que já nao sabe o seu nome…?

A comunidade científica internacional com quem temos tido a oportunidade de falar, utiliza as expressões: “loucura”, “pesadelo”, “impensável”, “irresponsável” e “inconsequente”. Será que não vês isso, Boris?”

Oxford ameaçou com a construção de um polo no outro lado do Canal e mudar completamente o rumo de 900 anos de uma das mais prestigiadas produtoras de ciência.

Tanta descoberta, tanta doutrina, tanto prémio Nobel, tanta cura, tanta esperança…

Cambridge tem na mão a possível salvação da Margarida e dos seus amiguinhos de luta contra a Tay Sachs. Sabias disto, Boris? Estão quase lá! Quase…

Mas seriam muitas outras doenças que deixariam de ser órfãs pela mão da comunidade científica inglesa.

Que dirias à Carolina e ao Rafael, Boris? Que Cambridge tem a solução mas que por razões ininteligíveis irão prescindir de dotar as equipas de investigação dos recursos essenciais para salvarem estes meninos?

E que dirás aos pais da Fabiana, do Francisco, da Iris e do David?  Que me dizes e mim e à Inês, Boris?

Boris, que dirás a todos os investigadores que decidiram tomar como propósito moral e profissional a salvação destas crianças?

Aposto que dirás que foi a democracia que escolheu este caminho. E a tua consciência estará “lavada” pelo voto do povo que quis “retomar o controlo”. Mas a democracia erra, Boris. E não duvido que desta vez errou e de uma forma tão grande que todos lamentaremos este percurso negro da história.